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“Você
só conhece mesmo uma pessoa quando tem com ela uma briga. Só então pode avaliar
seu verdadeiro caráter!”
O Diário de Anne Frank é uma
obra composta de relatos de uma menina judia que se vê escondida em um prédio
de escritórios com seus pais, sua irmã e outra família de judeus, no período da
Segunda Guerra Mundial.
A obra é sensacional e
fornece alguns detalhes sobre a própria Guerra, a qual nos é revelada do ponto
de vista de uma garota que passa boa parte de sua adolescência, vive suas
transformações e a puberdade isolada do restante da sociedade. Os dramas
adolescentes são intensificados pelo horror que a Guerra causou naqueles que
mais afetou.
Anne Frank é uma menina
extremamente esperta e inteligente, apesar da pouca idade. Ela constrói pensamentos
sucintos e interessantíssimos em seu diário, como, por exemplo, a formação do
caráter. No entanto, como a maioria dos adolescentes, é rebelde, além de
descrever os membros de sua família (principalmente sua mãe) de forma
defeituosa, sobremaneira no início do diário, quando conta com apenas 11 anos.
Ao longo da leitura, podemos perceber o amadurecimento da menina. Não obstante,
acredito que uma pequena parte do diário não deveria ter sido publicada em
respeito à memória de Anne por revelar detalhes muito íntimos sobre ela.
Ademais,
os relatos de Anne Frank me ensinaram que é preciso ter esperança, sobretudo
quando estamos cercados das situações mais desfavoráveis à eclosão desse
sentimento.
Anne
me ensinou que precisamos ser equilibrados e ponderar nossas faltas.
Que
devemos ser sensíveis às necessidades alheias, sobremodo quando e quanto mais
nos custar.
Ensinou-me
que devemos ser firmes de caráter e lutar pelos nossos ideais.
Que
não somos perfeitos, bem como a nossa visão de mundo não é.
E,
acima de tudo, Anne Frank me ensinou que devemos viver um dia de cada vez.